Quando o termo etiqueta é mencionado, muitas pessoas torcem o nariz e não se interessam pelo assunto. Para alguns, a etiqueta é cheia de frescuras e regras; para outros, é algo distante da realidade, restrita a um grupo social específico.
Analisando o contexto histórico em que ela foi criada, torna-se fácil compreender tais distorções, pois, desde sua origem, a etiqueta foi utilizada como um mecanismo de diferenciação, distinção e dominação social. Assim, ainda hoje, sofremos com os resquícios negativos dessa inserção impositiva.
Entretanto, no cenário atual, não é mais cabível nem aceitável tal designação, pois a compreensão da etiqueta foi largamente ampliada e resignificada. Dentro dessa nova visão, sua atuação ganha novos contornos e proporções, tornando-se uma ferramenta estratégica de relacionamento humano, sobretudo no ambiente corporativo.
Pesquisa realizada pela Orange County Carrer destacou que 85% do sucesso profissional dependem das habilidades pessoais. Já estudo da consultoria global de recrutamento, Page Personnel, apontou que 90% dos colaboradores são desligados das empresas por conduta inesperada ou inapropriada.
Além disso, no cenário mutável em que estamos inseridos, os diferenciais de empregabilidade se adaptam a novas exigências, assim elevada capacidade técnica e conhecimentos advindos da educação formal não são suficientes para garantir uma contratação ou uma promoção. Hoje, saber portar-se bem em diferentes situações e ambientes é fundamental para aqueles que desejam se destacar no contexto profissional e é isso que a etiqueta desenvolve.
Polidez, bons modos, urbanidade e educação são características muito desejáveis aos profissionais. A etiqueta nos auxilia a aplicar nossa inteligência social em prol de uma convivência que nos torne seres mais humanos.
Pode-se, portanto, definir a etiqueta corporativa como um conjunto de diretrizes comportamentais aplicadas ao ambiente de trabalho cujo fim é promover um convívio harmônico, livre de embaraços e constragimentos, criando assim uma atmosfera saudável e amistosa na organização. Regras? Não necessariamente, mas sim orientações que nos permitem ter mais segurança, domínio e traquejo ao agir, pois, quando conhecemos o certo, fica mais fácil nos comportar em diferentes situações sociais.
Soma-se a isso a capacidade de respeitar o próximo, inspirar, motivar e atrair pessoas. Além de algumas posturas muito valorizadas no âmbito profissional e que são desenvolvidas por meio da etiqueta, como cultivar a discrição, ser pontual e compromissado, manter o foco no trabalho, atentar- se para o uso indiscriminado do celular, respeitar o espaço do outro, manter uma postura autoresponsável e condizente com cada ambiente e situação, evitar comentários desnecessários, vestir-se adequadamente.
Por exemplo, em um almoço de negócios mais do que ter domínio dos talheres, é essencial saber se portar com elegância e ter repertório para conduzir uma conversa afinal, neste momento, o profissional é a própria representação da empresa.
Percebe-se, portanto, que a convivência social está intrinsicamente ligada à etiqueta, pois funciona como uma base que sustenta e ampara a dinâmica harmônica dos relacionamentos humanos.
Uma eterna estudante, apaixonada pelas linhas: as escritas e as bordadas. Compartilha sua paixão pela etiqueta como uma forma de espalhar pequenas gentilezas e delicadezas pelo seu caminho.
Tem como propósito disseminar a etiqueta como uma ferramenta inclusiva capaz de potencializar as conexões humanas.