Com a pandemia, comportamentos em todos os setores tiveram mudanças. E com a moda não foi diferente. Não podemos dizer que a mesma perdeu o seu valor, mas ela, como em todas as épocas, se reinventa, se transforma, se adapta.
Se adapta as mudanças e representa o momento que a sociedade passa, como a criação da calça jeans feminina num momento de revolução feminista. Neste período de isolamento social, a moda tem passado por alguma modificações, se adaptando a novas relocações de valores, intensificação e potencialização dos conceitos individuais. Trazendo uma maior valorização do mercado local e também de marcas nacionais e aos artesãos.
É o que afirma a estilista, empresária e digital influencer, Débora Araújo. “Nessa pandemia o que vimos foi uma intensificação de cada olhar pessoal. Como por exemplo, pessoas minimalistas ganharam um reforço maior dessa característica e o contrário também. O mercado local ganhou ainda mais destaque, fazendo com que as peças produzidas na própria terra ganhassem ainda mais valor”, comenta Débora.
A Marina Ferro, que trabalha com peças Tie Dye, afirmou que houve uma procura maior por seus produtos. “A pandemia trouxe uma maior valorização pelas roupas e acessórios no estilo ‘faça você mesmo’. Sem falar que se tornou um passatempo para muitos, fazer as mudanças nas próprias peças”. Sobre as vendas, Marina avalia melhoras no seu negócio. “Conseguimos manter o nosso fluxo de vendas muito bom, até maior que em outros tempos”, afirma.
Alguns acreditam ser a moda uma área supérflua, quando é ela quem esclarece o ponto em que estamos. Como com as vendas e os investimentos em moletons que cresceram muito, considerado até como o pretinho básico da pandemia, nos mostrando o período ao qual vivemos.
“Ainda na idade da pedra o homem precisava se proteger do frio e para isso usava pele de animais. Isso por si só já determinada a ordem de liderança nos grupos, como também era usado para se exibir, uma forma de ostentação. Então, mesmo de maneira inconsciente, a moda é uma expressão da nossa cultura, nossa personalidade, das nossas emoções, mesmo para aqueles que a caracterizam como algo fútil”, analisa Débora.
O conforto, a originalidade e a versatilidade são as palavras da vez, e a tendência é que eles ganhem ainda mais espaço em todos os aspectos da sociedade. A moda não perdeu o seu valor, mas conquistou um novo sentido.
“A moda não perdeu o seu valor, ela se intensificou! E o que podemos esperar para as próximas tendências é realmente o Tie Dye, o conforto e as peças mais básicas. Contudo, a mais forte delas é a autoexpressão”, concluiu a estilista.