Para ser o segundo desfile da temporada, ele realmente sabe falar a língua da mulher que quer ser sexy, chique, contemporânea. Todos os olhos estavam fixados e alimentando o desejo de consumo de uma das coleções mais desejadas da temporada, diga-se de passagem. Todos estavam bem apreensivos querendo saber o que vinha por aí, mas quem assina a coleção é o talentoso Eduardo Pombal, que visitou o Museu do Espaço, em Paris, para buscar inspiração. Ufa!! Inspirador hein… melhor: irresistível.
Pombal elegeu o vestido como peça essencial da coleção, principalmente o modelo tubo, que é desejo da temporada além de qualquer fronteira, clássico e indispensável no guarda roupa feminino.
Trabalhou com estruturas à la roupa íntima, marcando a cintura, no que tem se chamado bodycon, ou simplesmente, vestido-corselete, que também tem um visual futurista, espacial. Usou metalizados e brilhos em contraste com opacos, zíperes e vieses para definir ainda mais a silhueta, volumes bem localizados, reforçando, sempre com elegância, o shape ampulheta.
Outra coisa que Amei foi o flerte com o retrô em saias retas com volume godê na barra, mangas amplas e pelerines de linhas arquitetônicas que por vezes remetiam às criações cinquentistas de Balenciaga. Para mulheres destemidas e certas do que querem, e quem está com uns quilinhos a mais ajusta tudo e arrasa no carão, com cautela, volumes só de charme, aposte nas peças inteiras deixem os volumes para quem está com tudo em cima. Não deixando de ressaltar que ele apostou em botas brancas, que ficaram lindas nas composições de passarela, mas, sim, são perigo na vida real – os acessórios como os anéis foram indispensáveis para compor a perfeição dos looks.