O livro da jornalista Adriana Negreiros é um presente para os interessados pela história do Brasil e pela participação das mulheres na construção dessa história. Maria Bonita: sexo, violência e mulheres no cangaço é uma obra que toca um assunto atual, pertinente e importante para debatermos feminismo, mulher, violência e história, afinal, conhecer nosso passado (e a força dessa mulher e de outras do bando de Lampião) e compreender melhor nosso presente e as atuais lutas de mulheres, sobretudo as nordestinas e negras.
A cangaceira que teve a cabeça decepada em 1938 era simplesmente Maria de Déa: jovem que morreu sem jamais saber que, um dia, seria conhecida como Maria Bonita.
Nos anos 1920, mulher decente não largava o marido, quanto mais para fugir com cangaceiro. Mas Maria Bonita não seguiu as regras. Abandonou o casamento para se juntar ao bando de Lampião, passou fome, sede e foi constantemente perseguida pela polícia. Décadas depois, passou a personificar a imagem da impetuosa guerreira, a Rainha do Cangaço, a Joana D’Arc da caatinga.
No entanto, sua história desfaz a ideia de que, no cangaço, homens e mulheres tinham direitos iguais. Abusadas sexualmente, desrespeitadas em seus direitos mais fundamentais, dentro ou fora do bando as mulheres viviam subjugadas aos desejos dos homens.
Neste livro, a jornalista Adriana Negreiros reapresenta, a partir de uma perspectiva feminina, a figura de Maria Bonita e descreve em cores vívidas o cangaço brasileiro.
A publicitária especialista em Marketing, idealizou a revista Due, em 2010, junto à uma amiga e sócia. Juntas, comandaram a empresa por 3 anos. Quando sua sócia decidiu enveredar por novos ramos, Valná toma a frente da empresa e continua com a publicação que tem como sua fonte de realização pessoal. É professora universitária, amante de viagens, leitora ávida e curiosa. Adora compartilhar conhecimento com seus leitores e acredita no lema que deu ao seu negócio, apostando, de olhos fechados, no conteúdo como fonte de transformação social.