Segundo a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor, é de cerca de 30% a média da população brasileira que se queixa ou sofre de dor, número semelhante a países desenvolvidos. Em número globais, acomete 1 entre 5 adultos, aumenta com a idade e atinge mais mulheres.
Temos dois tipos de dor: a dor aguda, repentina, advinda de alguma lesão, onde o repouso, por vezes, é necessário; já a dor crônica é persistente e recorrente (permanece por mais de três meses) e não está, necessariamente, associada a lesão orgânica, e nem sempre possui causa definida.
Algumas das complicações que podem acompanhar a dor crônica são imobilidade, depressão, ansiedade, alterações de sono, problemas nutricionais, dependência de medicamentos e de profissionais de saúde e incapacidade para o trabalho.
Muitas pessoas que sofrem com dor crônica temem se movimentar e aumentar seu quadro doloroso, porém, o imobilismo pode agravar esta situação. Movimentos orientados ajudam a tratar, cuidar e prevenir desconfortos, tornando o indivíduo mais funcional. E como esses movimentos ajudariam? Lubrificando as articulações (juntas), melhorando a flexibilidade e força muscular, além dos benefícios da liberação de endorfinas que ajudam na modulação e controle da dor.
E como ferramenta no tratamento da dor crônica temos a Fisioterapia, que atua de forma direta com pacientes que sofrem com esta dor persistente, onde, através da avaliação são identificadas as limitações funcionais e traçado um tratamento adequado para este indivíduo, onde os exercícios e demais modalidades terapêuticas serão acompanhadas e ajustadas de acordo com a tolerância, respostas fisiológicas e evolução do paciente, com o propósito de aliviar o incômodo e torná-lo mais funcional.
Quando pensamos em funcionalidade precisamos pensar nos movimentos/atividades que estão inseridas na rotina do paciente como: atividades domésticas, caminhar até a padaria, se deslocar a pé até o trabalho ou um ponto de ônibus, subir escadas em seu ambiente de trabalho.
Então, se você possui uma dor persistente/crônica, não a menospreze: procure uma equipe multidisciplinar em saúde para te acompanhar e inclua o movimento como opção terapêutica no tratamento e controle da dor. A sua dor importa!
Sergipana, Fisioterapeuta há 18 anos, possui pós-graduação em Ortopedia e Traumatologia pela UNICAMP-SP, e tem um olhar especial para o tratamento e prevenção do adoecimento de ossos, músculos, tendões e articulações. Atua como professora do ensino superior participando da formação de novos fisioterapeutas na cidade de Maceió há 16 anos. Além disso, é uma curiosa e apaixonada pelo conhecimento, que vai além da Fisioterapia, passando pela música e gastronomia. Ama contemplar o belo, conectar-se com a natureza e com pessoas!
Matéria maravilhosa e de utilidade pública, e fica aí recado… Ficar parado é o pior remédio!