Por muitos anos, a grande preocupação da equipe médica que tratava pacientes com câncer, era a sobrevivência desses pacientes. Com os avanços da medicina e com chances de cura cada vez maiores, surgiu outra preocupação: a qualidade de vida durante e após o tratamento oncológico. Para combater a doença, os tratamentos são intensivos e, em comum, a quimioterapia, a radioterapia e a cirurgia para retirada do tumor têm o fato de poderem deixar de herança limitações físicas e seqüelas importantes que podem comprometer a qualidade de vida do paciente.
A Fisioterapia em oncologia atua na promoção e manutenção da qualidade de vida dos pacientes oncológicos, além de prevenir que seqüelas transitórias se tornem permanentes. Apenas fisioterapeutas com formação superior e especializados em oncologia devem ser os responsáveis por esse tipo de cuidado. Um profissional capacitado reconhece as necessidades dos pacientes. É preciso não apenas conhecer as técnicas de trabalho, mas também ter conhecimento sobre toda a variedade da doença, as atuais condutas médicas, os efeitos colaterais e possíveis seqüelas resultantes destes, oferecendo atendimento humanizado e com qualidade em todas as fases do tratamento.
Essa especialidade da fisioterapia é recente e existem poucos profissionais habilitados em nosso país. Em Alagoas, a fisioterapeuta Suzanne Lima é pioneira, tendo feito especialização no A. C. Camargo Câncer Center, hospital de referência em pesquisa e tratamento do câncer em São Paulo, e desde 2008 atua na área da oncologia em nosso estado e freqüentemente busca novos métodos de tratamento baseados em comprovação científica.
Segundo a fisioterapeuta, o número de novos casos de câncer é crescente a cada ano; o INCA prevê para até o final de 2015, 576 mil novos casos de câncer no Brasil e entre os mais freqüentes estão: o de pele não melanoma, o de próstata e o de mama – estes dois últimos são os que freqüentemente causam limitações funcionais e seqüelas nos pacientes. Além da dor, entre as seqüelas mais comuns estão: incontinência urinária nos casos de câncer de próstata e ginecológicos; e diminuição do movimento do braço, aderências e fibroses nos casos de câncer de mama. Comum aos dois tipos de cânceres que mais acomete mulheres e homens, o linfedema, pode ocorrer quando é necessário fazer a retirada dos linfonodos, o que leva a um aumento no tamanho do membro (braços ou pernas) e limitações funcionais.
Tratando o paciente como um todo, a fisioterapia tem forte impacto na sua qualidade de vida, uma vez que diminui sua dependência funcional buscando a retomada da auto-estima e dando condições ao paciente de retomar suas atividades diárias, além de proporcionar melhor resposta ao tratamento de todo tipo de câncer.
Para a fisioterapeuta, o sucesso do tratamento é o comprometimento do paciente com o programa fisioterapêutico além do uso de técnicas corretas de tratamento, uma vez que uma conduta errada pode agravar o quadro do paciente.
Analisando todos os benefícios da fisioterapia nos pacientes oncológicos, Suzanne enxergou a carência de informação e a necessidade de atendimento às pacientes carentes em nosso estado e em outubro dará início ao Projeto Atitude Rosa. Sem fins lucrativos, irá oferecer gratuitamente a dermopigmentação da mama após a reconstrução mamária e também distribuir braçadeiras compressivas, fundamental na manutenção do linfedema. Para realização desse projeto ela conta com a parceria de Renata Leahy (Marketing Criativo), Manu Mortari (Allegra Store), Lucia Bastos (Designer de acessórios) e Amanda Soares (Designer), mulheres do bem e de atitude que abraçaram a causa e juntas fomentam o Atitude Rosa, onde quem quiser ajudar poderá adquirir peças especiais da Lucia Bastos e da Allegra Store, que terão sua venda revertida para o projeto.
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