40 semanas de novidades. Entre elas, mudanças no físico, no emocional, na maneira de enxergar o mundo e até no relacionamento com outras pessoas. Não há quem não diga que a gravidez tem o potencial de transformar uma mulher, e, muitas vezes, essa transformação gera questionamentos, dúvidas e – muito – medo.
Pra começar, é completamente normal viver todas essas sensações. Além da nova carga hormonal rondando o corpo, uma gestação faz a mulher repensar toda a vida dali pra frente, entre eles os planos individuais, o remanejamento familiar e as grandes responsabilidades. Em resumo, uma mudança um tanto radical.
Mas calma, porque isso não significa que você tenha que enfrentar esse período com receio. Saiba que, geralmente, esse processo é comum em todas as gestantes, e que existem formas de controlar as inseguranças e curtir bem o barrigão! Por isso, vou listar pra você os X medos mais comuns e como vencê-los de forma saudável:
1. Ganho de peso
Esqueça aquela blogueira que engravidou 3x e continuou “em forma”, o ganho de peso durante a gestação é completamente natural, afinal, o seu corpo está se adaptando para promover o crescimento do bebê. Aumento no volume sanguíneo, no armazenamento do tecido adiposo e a formação da placenta, são apenas algumas das etapas físicas de reajuste corporal. Engordar faz parte, mas sem exageros, como o ganho excessivo ou deficiente de peso.
E é aí que entramos com os hábitos alimentares, mais do que essenciais e que merecem uma atenção e acompanhamento específico, já que interferem diretamente na saúde de vocês dois e evita vários riscos. Alguns mitos foram criados quando o assunto é alimentação na gravidez, como o de que “você tem que comer por dois”.
Na verdade, o ganho de peso deve ser proporcional à sua massa corporal, ou IMC (Índice de massa corporal). Isso pode variar bastante de mulher para mulher, com algumas perdendo peso no primeiro trimestre por conta das náuseas e recuperando de forma lente nos próximos meses. É sempre aconselhável que você mantenha uma dieta balanceada com acompanhamento de um profissional especializado!
2. Má formação do feto
Especialmente comum em mães de primeira viagem, o medo de malformação e de colocar a saúde do bebê em risco está no topo do ranking de receios na gestação. O primeiro passo é aquele conselho que uma amiga sempre te dá quando você suspeita de qualquer tipo de doença: evite pesquisar no google. Ao mesmo tempo que a quantidade de informações disponíveis pode ser uma grande aliada, ela também amplifica e cria situações que, na verdade, só devem ser analisadas depois de uma conversa com o seu obstetra ou com exames.
Aproveite as consultas do pré-natal para esclarecer todas as dúvidas e expor os seus medos. Não deixe nenhuma pergunta para depois, como também nenhum exame ou orientação médica. Nessas horas, o apoio da família e amigos é importante, evitando aquelas conversas que sempre voltam em relatos assustadores ou más experiências. A gravidez é um momento que merece ser compartilhado de forma leve entre toda a família.
Outras sugestões como o planejamento do enxoval, do quarto e do chá do bebê são importantes porque ocupam o seu tempo. Caso as sensações de ansiedade ou pessimismo persistam, não hesite em conversar com o obstetra e pedir orientações do que fazer. Mas lembre-se: a tendência em 90% das vezes é que tudo ocorra bem!
3. Aborto espontâneo
Pode se dizer que 50% das gestantes conservam o medo de um aborto espontâneo durante a gravidez. Há sim uma possibilidade, mas seguindo a linha do tópico anterior, temos que lembrar que esses casos fazem parte de uma exceção, e não da regra!
É interessante que em todo o processo da gravidez, tanto você quanto o(a) parceiro(a) estejam frequentando um psicólogo para discutir sobre isso ou qualquer outra questão envolvendo a gestação. Além disso, você pode procurar um aconselhamento genético para conseguir tomar qualquer decisão ciente de saúde do casal.
Outros exames semelhantes ao aconselhamento genético podem ser realizados a partir da 10ª semana para analisar a saúde cromossômica do feto, como o teste genético NIPT ou NACE, que rastreia possíveis síndromes, como a Down, Edwards ou Patau. Peça ajuda ao seu médico antes de qualquer exame ou teste.
Seja qual for a questão da gravidez, a alimentação variada e balanceada também interfere diretamente diminuindo os riscos. Siga todas as orientações, tomando os melhores cuidados possíveis para ter uma gravidez tranquila.
4. E se eu não for uma boa mãe?
Com uma nova vida a caminho, começamos a entender o tamanho da responsabilidade e, consequentemente, a insegurança não demora pra bater na porta. Sabemos que o misto de sentimentos e sensações não são pequenos, mas com orientação e suporte, podemos driblar esses pensamentos e entender que a maternidade pode não vir com um manual, mas que o amor e paciência superam essas barreiras.
Por isso, tenha em mente também que cada experiência é única, assim como o vínculo com o seu bebê, evitando comparações com mulheres que vivem em um contexto diferente do seu. Não queira ser a mãe perfeita, porque isso não existe, mas queira ser a mãe que sempre faz o melhor que pode, sempre dentro do seus limites e condições. Nem preciso frisar a importância de um acompanhamento profissional, não é?
Nem um mar de rosas e nem um bicho de sete cabeças: a maternidade é um momento único para cada gestante, com seus desafios e particularidades, mas que com acolhimento, compreensão e amor acima de tudo, pode se tornar um momento mágico de aprendizado e conexão!
Autodidata em empreendedorismo digital, junto com seu esposo, fundou da @akaebaby. A marca de sapatos infantis surgiu em 2018, quando a empreendedora estava esperando a chegada do seu bebê. Com sapatinhos flexíveis e feitos com couro natural, a ideia da marca é proporcionar conforto e segurança aos pequenos.