A partir de reflexões da leitura do livro Mulheres que correm com os lobos, livro o qual considero que toda mulher deveria em nome do seu feminino, ler, Começo essa reflexão a partir do capítulo 7 – O corpo Jubiloso: A carne selvagem.
O que falta para nos sentirmos em casa na nossa própria pele?
O ponto de partida é fazer o caminho de volta e entender primeiramente a cultura que nega o REAL corpo feminino, esse corpo jubiloso. A décadas nos mutilamos quando olhamos o corpo como qualquer coisa, quando definimos o que é um corpo bom ou um corpo ruim, corpo certo ou corpo errado, por ser gorda, magra ou musculosa.
É muito importante integrar na nossa vida a ideia de que nosso corpo é um gerador de memórias, e ele se expressa através do que guardamos, o corpo é expressão e memória.
Fazendo-o caber em um 34, 36 ou um 38?
A cultura que vivemos faz acreditar que temos que ser de uma forma, de um jeito específico. E o que você construiu sobre seu corpo? Qual o espaço que ele ocupa? Como você se nutri? O que essa sociedade te ensinou sobre as percepções de valor em relação ao seu corpo? Seu corpo é o certo ou o errado?
Quais crenças você carrega que te impede de viver uma relação mais amorosa com esse veículo?
As transformações que precisamos vem através do corpo.
Enquanto enxergarmos o corpo, a mente e o espírito como elementos independentes, haverá um distanciamento daquilo que nosso coração precisa e deseja, necessidades essas muitas vezes inconscientes. Bom, é evidente que nosso corpo é para o mundo, no sentido de ser veículo, mas ele também é sagrado. E quando você reconhece o que faz com ele é o que torna-o sagrado, esse movimento te auxiliará na transformação. Somos corpo porque nossa experiência é corporal, é física. E como nós olhamos para esse corpo?
Nosso corpo traz a linhagem da nossa ancestralidade, se odeio meu corpo feminino, odeio o corpo feminino da minha mãe, afinal herdamos o biotipo dela. Percebam que a relação com esse corpo vai além do que nossa sã consciência pode sequer imaginar.
E a beleza, o que ela é para você?
Minhas irmãs, nosso desafio é crescer fora do padrão. Sair do paradigma de que nosso valor está na aparência e não em quem somos verdadeiramente.
O que acontece na psique feminina é o mesmo que acontece na natureza, na cultura. Desejam esculpir o corpo da mulher para o que eles desejam e precisam. E essa angustia cruel que carregamos sobre o corpo nos rouba a possibilidade de darmos atenção e criar coisas que realmente importam.
A gente não pode fazer nada em relação aos crimes para com a nossa cultura, e nossa natureza (pois fazem o mesmo com ela, extraindo, garimpando, tirando o poder dessa fonte de vida), mas temos autonomia para com o nosso corpo que é a chave para revolução.
Assumir o direito sob nossos corpos é revolucionário, é aceitar quem somos!
Mulher, não se prive, não se separe, receba a vida real, viva essa vida com todo vapor, sem se restringir a algo externo, é assim que começamos a mudar a atitude na cultura que nega o feminino e seu corpo real. Porque quando as pessoas estão radiantes elas são lindas, belíssimas, independente do seu corpo. Nosso corpo não é mármore para ser esculpido.
O que na sua fala valida essa cultura de que um corpo certo é um corpo forte, bunda dura sem estrias e celulite, barriga de tanquinho, cabelos lisos, seios duros e empinados, e uma cinturinha de pilão? Percebe o quanto isso é cruel e deslegitima o propósito real de um corpo? Você sabe para que serve esse corpo?
Se você se trata bem, faz escolhas saudáveis, sua relação com o feminino falará por si só.
Quer saber como você está? Não pare pra pensar, não passa pelo racional… Sinta o corpo, feche os olhos e sinta, escute ele falar. Faz um check-in e se perceba…
“No corpo, não existe nada que ” devesse ser” de algum jeito. A questão não está no tamanho, no formato ou na idade, nem mesmo no fato de ter tudo aos pares, pois algumas pessoas não têm. A questão selvagem está em saber se esse corpo sente, se ele tem um vínculo adequado com o prazer, com o coração, com a alma, com o mundo selvagem. Ele tem alegria, felicidade? Ele consegue ao seu modo se movimentar, dançar, gingar, balançar, investir? É só isso o que importa.” – é isso o que tenho… Poemas, coxas grossas, peito pequeno e tanto amor. ( N. da T.)
Giselle Claudino, ou melhor Giza ( como gosta de ser chamada) é Terapeuta Thetahealing®, Reikiana, aplica massagens relaxantes energéticas, coloca cartas e facilita Roda terapêutica de Mulheres ( Roda Raízes do Ser). Innergiza é a união de serviços e produtos que auxiliam no autoconhecimento e cura do corpo físico, mental, emocional e espiritual. Formada em Administração pela Universidade Federal de Alagoas, ela utiliza os conhecimentos de gestão e as técnicas terapêuticas para auxiliar outras mulheres a encontrarem sua arte e manifesta-la em essência na realidade.