O surto epidêmico do Coronavírus impactou não apenas a área da saúde, seu reflexo pode ser sentido em vários setores da economia. Na China, por exemplo, foi identificado um aumento nas vendas de notebooks e tablets antigos e no número de downloads de aplicativos de gestão, conforme informação veiculada na Revista Época.
Este fenômeno foi observado devido ao temor da disseminação da doença, que provocou uma alteração na rotina de vida da população, sobretudo, nas relações de trabalho. Tal fato incentivou a prática do home office já que diversas tecnologias disponíveis na Internet favorecem o trabalho remoto. O jornal Financial Times corrobora com tal estatística afirmando que “desde o início do surto milhões de pessoas se viram obrigadas a trabalhar em casa.”
O home office já é uma prática de trabalho consolidada em várias empresas, que traz flexibilidade de horários, aumento da qualidade de vida e diminuição do desgaste com deslocamentos, resultando em um expressivo aumento na produtividade dos funcionários. Entretanto, é necessária maturidade relacional para se adequar a esta nova realidade em que a interação face a face é mediada pelas interações virtuais.
Em recente reportagem, a Revista Época destacou que “gestores encontram dificuldade na hora de definir a “etiqueta” do home office”. Isso ocorre por motivos diversos, sobretudo dificuldades de comunicação entre os profissionais. Daí, a importância da etiqueta para estabelecer regras de convivência neste promissor formato de trabalho.
Com o distanciamento físico, a comunicação e a colaboração com os colegas deve se manter intacta, pois o trabalho continua sendo em equipe e a necessidade de contato como o time é impreterível. Assim, se sua empresa aderir a esta prática de trabalho – afinal não precisamos estar na iminência de um surto de coronavírus para fazer o trabalho remoto –, observe as dicas a seguir e ganhe dez em matéria de etiqueta no home office:
- Crie uma rotina de trabalho adequada a você e à equipe;
- Valorize uma comunicação clara e objetiva, pois a falta de contato pessoal pode gerar interpretações distorcidas;
- Informe os demais membros da equipe sobre possíveis mudanças em seus horários e atividades;
- Designe um aplicativo para as interações profissionais;
- Mantenha as comunicações restritas ao horário comercial, apesar da flexibilidade de horário, não é aceitável enviar mensagem em horários inapropriados;
- Agende reuniões presenciais para o encontro da equipe e para definir objetivos comuns;
- Repasse aos colegas dicas e ideias pontuais sobre o trabalho desenvolvido;
- Solicite auxílio para atividades com as quais você tenha dificuldades e auxilie os colegas em suas necessidades.
Observe que todas essas dicas se referem à necessidade de cooperação e de consideração aos demais membros da equipe, pois apesar de o trabalho ser desenvolvido em ambiente isolado, o produto do meu trabalho e, sobretudo, meu comportamento diante deste novo modelo laboral impacta toda uma cadeia de resultados.
Assim, independentemente do coronavírus, é preciso levar a questão do home office para a esfera da etiqueta a fim de minimizar dissabores da convivência virtual, disciplinando a comunicação e as atitudes a fim de colaborar com a dinâmica estrutural que abarca o trabalho remoto.
Uma eterna estudante, apaixonada pelas linhas: as escritas e as bordadas. Compartilha sua paixão pela etiqueta como uma forma de espalhar pequenas gentilezas e delicadezas pelo seu caminho.
Tem como propósito disseminar a etiqueta como uma ferramenta inclusiva capaz de potencializar as conexões humanas.