Mesmo com toda sua fama ranzinza, seu idioma não ser o mais falado no mundo e seus custos econômicos serem um pouco mais altos do que o normal, a França, há mais de uma década lidera o ranking de destinos mais procurados e visitados. Só nos últimos anos, o país recebeu mais de 81 milhões de turistas vindo de todos os cantos do planeta. Mas afinal, por que Paris e por que esta cidade é tão atrativa? Confira nas próximas páginas um pouco sobre a cultura française e algumas dicas para programar sua ida à cidade das luzes. Se interessou? Papel e caneta e mãos à obra.
La culture française
Localizada no canto esquerdo do coração da Europa, a França, como a maioria dos países europeus, faz jus à fama de berço da cultura mundial. Seu desempenho no setor cultural tem servido como espelho para o resto do mundo, principalmente nos campos gastronômico, de moda e arte, e tem influenciado o mundo como um todo, em especial o Ocidente. Focando na capital, além da Torre Eiffel, Paris transpira história cultural por seus monumentos e museus, como o arco do Triunfo, que desde 1836 relembra à sociedade francesa as vitórias militares de Napoleão Bonaparte, ou a Catedral de Notre-Dame, erguida em 1163 e é tida até hoje como ponto turístico obrigatório para quem por lá pisa. Além destes há uma gama de pontos obrigatórios, como o Museu do Louvre, Palácio de Versalhes, Hotel de Orsay, passeio pelo rio Senna, entre outros.
O país, também, foi e é palco da ascensão de renomados artistas, como Renoir, Camille Claudel, Monet, entre outros. Não só na pintura; a França possui uma vasta lista de cantores e atores famosos por sua genialidade em seus trabalhos, hoje um dos rostos mais famosos é da modelo/cantora/atriz/primeira-dama Carla Bruni. Os franceses gastam, em média cerca de 2 mil euros por ano em eventos culturais. Museus, exposições, cinema, shows de jazz ou música clássica entram na lista de top 10 da população.
Quando se trata de evento cultural, fica a dica – Para os que pretendem pisar em terras francesas, vale à pena pesquisar quais os eventos de jazz e quais filmes estarão em cartaz durante sua estada lá e, se possível comprar ingressos com antecedência. Contudo, em algumas situações é melhor deixar para comprar na hora; há dois quiosques de ingressos em Paris, mais especificamente no pátio da estação ferroviária de Montparnasse e na Place de la Madeleine, que oferecem bilhetes com descontos para as apresentações do dia, como ingressos para teatro, concertos ou shows. Outra opção bacana é adquirir o Paris Museum Pass, que economiza tempo nas filas de entrada dos locais em mais de 60 museus em Paris e proximidades. Os passes variam de acordo com os dias escolhidos: dois, quatro ou seis dias.
Meios de transporte
O país possui uma das redes de transporte mais eficientes do mundo. Trem, metrô, ônibus ou (sim!) barco – há várias opções para se deslocar por entre Paris e, também pelo resto da França. Para quem pretende passear por mais de uma semana, vale à pena comprar pacotes de passes de trem e economizar alguns euros. Em Paris, o metrô é, sem dúvida, o meio mais rápido e prático de se deslocar. Existem 15 linhas e cerca de 300 estações de metrô. O horário de funcionamento ocorre em média, entre 5h30 e 00h30. As inúmeras ligações do metrô com o RER (Rede Expressa Regional) e as estações de trem permitem o fácil acesso às outras cidades da grande-Paris. Cinco linhas de RER (A, B, C,D e E) atravessam Paris e a Île-de-France (região onde se encontra Paris) e o horário de funcionamento é o mesmo do metrô.
Flávia Motta é jornalista, tradutora e professora de idiomas. Nas horas vagas se arrisca a escrever nos idiomas os quais andou aprendendo nessa vida. É alagoana de nascimento e criação, e com orgulho, mas se considera passageira do mundo.