Peru: Machu Picchu, a estrela da viagem

Comecei a falar da minha viagem ao Peru nesse post, quando contei sobre o Lago Titicaca, nossa primeira parada. Depois falei aqui sobre Cusco e o Valle Sagrado dos Incas. Agora chegou a vez da estrela da viagem: o Machu Picchu.

Como foi minha viagem?

Dia 01 – Avião Brasil – Lima – Cusco + Ônibus para Puno (?Ufa!)
Dia 02 – Lago Titicaca (ilha de Uros e Taquile)
Dia 03 – Puno – Cusco pela Rota do Sol
Dia 04 – Valle Sagrado – parte 01
Dia 05 – Conhecendo Cusco
Dia 06 – Valle Sagrado – parte 02
Dia 07 – Trem para Águas Calientes
Dia 08 – Machu Picchu?, a estrela da viagem
Dia 09 – Último dia em Cusco
Dia 10 – Lima
Dia 11 – Lima
Dia 12 – Volta para o Brasil

Antes de chegar no Machu Picchu

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Para aproveitar bem a visita, nós decidimos passar a noite anterior em Águas Calientes, vilarejo que fica aos pés do Machu Picchu. É de lá que saem os ônibus para o parque e é possível chegar bem cedo e aproveitar o passeio antes da chegada do mar de turistas que vem no esquema bate-volta de Cusco.
Há duas maneiras de chegar em Águas Calientes:  Por trem ou por trilha. A clássica trilha inca dura 4 dias/3 noites e a trilha Salkantay pode chegar a durar 7 dias/6 noites. Para fazer é obrigatório contratar um guia autorizado pelo governo, existem várias agências que oferecem esse serviço. Para ir de trem, o trajeto é realizado pela Peru Rail, que vende as passagens on-line. Existem viagens que saem de Cusco e de Ollantaytambo. Para quem quer economizar tempo no roteiro, uma boa opção é pegar o trem logo depois de conhecer a cidade de Ollataytambo, depois de finalizar o passeio pelo Valle Sagrado.

Existem 3 opções de trem: a opção de luxo Hiram Bingham (US$ 403/trecho), o intermediário Vistadome (US$ 95/trecho) e a versão mais econômica Expedition (US$ 80/trecho).

As hospedagens em Cusco já guardam sua bagagem, então só é necessário viajar com uma mochila com a muda de roupa e os documentos. Vale levar também petiscos e água, não vende nada dentro do parque.

O ingresso para entrar no Machu Picchu pode ser comprado on-line, e é recomendado comprar com antecedência, especialmente se você for em alta temporada. Algumas agências vendem o ingresso (por um preço um pouco maior), porém para quem quer comprar por conta própria, esse post do Sundaycooks é leitura obrigatória e explica direitinho como fazer para garantir o seu ingresso. Também é possível comprar o ingresso quando chegar em Lima ou Cusco, ou até direto com o seu hotel.

Você pode comprar o ingresso que garante acesso apenas a cidade de Machu Picchu e pode comprar o ingresso que dá acesso a trilha para subir Huayna Picchu. A Huayana Picchu é essa montanha maior que aparece ao fundo da famosa foto de Machu Picchu. Esse ingresso é mais concorrido, então vale comprar com antecedência.

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Por fim, é preciso comprar passagem de ônibus que leva de Águas Calientes a Machu Picchu. Pode comprar na véspera ou na hora que for subir mesmo. A fila começa bem cedo e assusta, mas anda rápido. A passagem custa cerca de 42 soles/trecho. Também é possível fazer esse trajeto a pé, por uma trilha que dura cerca de 1 hora e meia.

O povoado de Águas Calientes não tem muito a oferecer além de ser a base para Machu Picchu. Tem uma feirinha de artesanato bem perto da estação de trem, porém os preços praticados são bem maiores que em Cusco. Outro ponto bastante visitado, especialmente pelos viajantes que optam pela trilha, são as piscinas de águas termais. É uma cidade bem tranquila e charmosa, foi um bom descanso para nos preparar para conhecer, enfim, Machu Picchu.

Machu Picchu

Acordamos super cedo, todos os hotéis/pousadas de Águas Calientes servem o café da manhã cedinho para que os turistas possam pegar os primeiros ônibus que sobem para o parque, que começam a sair de 5:30. Quando chegamos lá já tinha fila, mas depois de alguns minutos de espera já estávamos subindo no décimo ônibus do dia. Na entrada do Machu Picchu ficam os banheiros e as lojas de comida e souvenir. Para acessar é preciso sair do parque e cada pessoa tem direito a sair e entrar três vezes.

Como compramos o ingresso para subir a montanha Huayana Picchu logo no primeiro grupo, de 7 horas, fomos direto para o acesso a montanha. No caminho, com a cidade ainda vazia, encontramos muitas lhamas que são tranquilas e andam entre os turistas sem se importar com o assédio.

No acesso à montanha há um ponto de controle que anota quem sobe e quem desce. A trilha é bem sinalizada e o pico fica a 2.693m de altitude. Lá de cima é possível ver toda a cidade de Machu Picchu. O trajeto inteiro dura entre 2 e 3 horas.

Depois de descer a montanha, saímos do parque para ir ao banheiro e conseguir um guia. Dá para fazer a visita sem guia? Dá. Mas o legal de ter um guia é ouvir tudo sobre a cidade, como e porquê as construções são desse jeito, e todas as curiosidades sobre o lugar. O guia em grupo fica 20 soles por pessoa. A visita guiada dura cerca de 2 horas e visita todos os setores da cidade. A partir das 10 horas o parque começa a encher, esse é o horário que a maioria dos turistas (que opta pelo bate/volta de Cusco) começa a chegar.

No final você fica livre para passear e tirar a foto clássica com Machu Picchu ao fundo, até o momento de pegar o ônibus para voltar a Águas Calientes a tempo de pegar o trem de volta para Cusco. Ah! E não esqueça de carimbar o passaporte na saída.

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O Machu Picchu consegue ser ainda mais que tudo isso que sempre imaginamos antes de chegar lá. É uma energia indescritível, vale muito a pena conhecer.

O que é preciso saber?

A temperatura em Machu Picchu logo cedo é baixa, chegando a ter neblina, mas esquenta bastante ao longo do dia, mesmo em meses de inverno. A dica é usar roupas leves/confortáveis e levar um casaco na mochila para usar quando for preciso.

Águas Calientes tem muitas opções de hospedagem, e como o povoado é pequeno, praticamente todas as propriedades são bem localizadas. Reservamos o Ecopackers Machupicchu Hostel, mas quando chegamos lá eles tiveram algum problema com a prefeitura e estavam fechados. Os responsáveis nos arrumaram um quarto em outro hotel e deu tudo certo no final.

O povoado também tem muitas opções de restaurantes, nós escolhemos almoçar no Índio Feliz, que se define como restaurante franco-peruano. A sopa de tomate foi uma das melhores que já provei na vida.

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Lingua falada: Espanhol / Quéchua;
Transporte: Para se locomover dentro de Águas Calientes a única opção é andar, o povoado é pequeno e tudo é muito perto.
Moeda utilizada: Novo sol (aproximadamente 1 Real).

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