Peru: Cusco e o Valle Sagrado

Comecei a falar da minha viagem ao Peru nesse post, quando contei sobre o Lago Titicaca, nossa primeira parada. Agora, seguindo o roteiro, vou falar sobre Cusco e o Valle Sagrado dos Incas.

Como foi minha viagem?

Dia 01 – Avião Brasil – Lima – Cusco + Ônibus para Puno (?Ufa!)
Dia 02 – Lago Titicaca (ilha de Uros e Taquile)
Dia 03 – Puno – Cusco pela Rota do Sol
Dia 04 – Valle Sagrado – parte 01
Dia 05 – Conhecendo Cusco
Dia 06 – Valle Sagrado – parte 02
Dia 07 – Trem para Águas Calientes
Dia 08 – Machu Picchu?, a estrela da viagem
Dia 09 – Último dia em Cusco
Dia 10 – Lima
Dia 11 – Lima
Dia 12 – Volta para o Brasil

Cusco

IMG_6432Antes de começar a falar sobre o Valle sagrado é preciso falar sobre Cusco. Cusco é considerado a capital cultural do Peru e fica localizado dentro de um vale a mais de 3.000 metros de altitude. A cidade foi construída pelos Incas e é um lugar incrível, com muito da cultura Inca ainda preservado, e é a parada principal para quem quer conhecer o Valle Sagrado e o Machu Picchu.

A cidade é cheia de sítios arqueológicos e é bem tranquila para fazer passeios a pé. O ponto central é a Plaza de Armas e é o melhor lugar para ficar hospedado. As ruas tem muitas ladeiras, então é preciso ter cuidado com o Soroche (mal da atitude) e pegar leve nas primeiras horas por lá para fazer a aclimatação.

A cidade é muito gostosa, e tenho certeza que quero voltar lá. Os pontos turísticos mais tradicionais conheci a pé, o que acabou sendo estratégia para queimar o tanto que comemos por lá. A culinária do Peru é famosa, e em Cusco não é diferente. Muitas opções de comida boa (e barata).

Os pontos turísticos mais tradicionais são:

  • Catedral (em frente à Plaza de Armas),
  • Centro histórico de Cusco,
  • Qorikancha (templo do sol),
  • Plaza de Armas,
  • Centro Artesanal de Cusco,
  • Mercado de San Pedro,
  • Bairro de San Blas e
  • Plaza San Francisco.

Os mercados são muito legais e o artesanato de lá é irresistível, voltei com a mala cheia! O ideal lá é negociar bastante, os vendedores sempre acabam baixando o preço. Outra dica é visitar o Choco Museo (chocolate nunca é demais) e fazer o Free Walking Tour pela cidade (é preciso fazer reserva).

Valle Sagrado – parte 01

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O Valle Sagrado recebe esse nome por conta desse vale da foto, por onde passa o rio Urubamba. Na hora de montar o roteiro, segui a dica das meninas do Sunday Cooks e preferi fazer primeiro o Valle Sagrado, deixando o Machu Picchu para encerrar a viagem, e recomendo a estratégia. Inclusive, nesse post da Natalie tem várias informações super bacanas sobre o Valle Sagrado, que me ajudaram bastante na construção do roteiro.

A primeira coisa a fazer é comprar o Boleto Turístico. Ele contempla a entrada de várias atrações e é válido por 10 dias. Existe a opção de comprar o circuito geral, que contempla todas as atrações e custa 130 soles, ou comprar um dos três circuitos separadamente, opção de quem não tem muito tempo disponível. Os circuitos são: Sítios Arqueológicos próximos a Cusco, Circuito Turístico de museus e Sítios Arqueológicos do Valle Sagrado de los Incas e custam 70 soles cada. O boleto pode ser comprado no escritório da COSITUC (Av. El Sol, 103), mas eu comprei o meu na minha primeira parada.

Ok, e o guia? tem várias opções de agências na região da Plaza de Armas e os hotéis sempre tem recomendações de parceiros. Existem três jeitos mais comuns de fazer os passeios: Passeio com guia em grupo (fechado com agências), passeio com guia particular (pode ser com o guia ou com agência) e passeio por conta própria (Ônibus local, taxista ou alugando carro). Nós escolhemos um guia que também oferecia serviço de passeio com carro particular. A decisão de qual tipo de guia escolher depende do perfil do viajante.

Sacsayhuamán

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Sacsayhuamán foi nossa primeira parada e fica bem perto de Cusco. É uma das ruínas mais visitadas na região e funcionava como um forte do império Inca que guardava a sua capital, Cusco. De lá se tem uma vista panorâmica da cidade e é também lá que ocorrem as festividades do Festival do Sol, que acontece dia 24 de Junho e é a maior celebração da região.

Q’enqo

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Qenqo foi um templo espiritual cravado em uma caverna e muito ligado a cerimônias de fertilidade.

Pukapukara

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Pukapukara foi outro forte Inca, mais afastado da cidade, que guardava a entrada para a região de floresta amazônica.

Tambomachay

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Tambomachay é o templo das águas, e até hoje a água ainda flui pelos os aquodutos e canais que foram construídos pelos Incas. A água é coletada de um lago a 25 km de distância.

Santuario Animal Privado Cochahuasi

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Esse não está nos roteiros oficiais, mas foi uma feliz adição indicada pelo Luiz, nosso guia. O santuário faz um trabalho lindo de preservação das espécies mais ameaçadas por contrabando da região, e tudo com auxílio de doações. Tivemos a oportunidade de ver de perto Lhamas, Alpacas, Pumas e até o vôo de um Condor. Também conhecemos o processo de coloração artesanal do algodão para fabricação dos tecidos vendidos por aqui. É um trabalho lindo que eles fazem e fiquei muito feliz de poder contribuir.

Pisaq

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Pisaq é uma ruína complexa, com construções desde templos de observações astronômicos até um complexo militar. O complexo é enorme e fizemos uma caminhada que passou por várias ruínas, mas valeu a pena o cansaço, o lugar transmitia uma sensação constante de paz. O mercado de Pisac acontece dias de terça, quinta e domingo. Infelizmente nós não conseguimos ver quando fomos.

Depois disso já era noite e retornamos para nosso hotel.

Valle Sagrado – parte 02

No segundo dia que exploramos o valle sagrado saímos bem cedinho para conhecer as outras atrações:

Chinchero

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Chinchero é uma pequena aldeia rodeada por ruínas. Ela foi dominada pelos espanhóis, que devastaram boa parte das construções incas. Juntando a altitude com a hora em que chegamos, foi um dos momentos mais frios da viagem, é possível enxergar os picos nevados ao fundo da paisagem. O mercado de Chinchero também rendeu umas compras bem legais.

Salineras de Maras

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Essa atração não está inclusa no boleto, mas foi um dos lugares que mais gostei de conhecer. Uma montanha coberta por várias poças de sal. A água salgada subterrânea (eu provei, e é bem quente salgada) corre através de canais até as diversas poças, que pertencem à várias familias, que são responsáveis pelo cultivo e extração do sal. Nós andamos até as poças, é uma experiência sem igual.

Ollantaytambo

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Essa é a ruína mais famosa do Valle Sagrado. Costumava funcionar como um complexo militar e lá é possível ver várias construções características da cultura Inca. Para os que tem menos tempo, uma boa opção é fazer de Ollantaytambo a parada final e pegar aqui o trem para Machu Picchu no final da noite, para poder pernoitar em Águas Calientes (povoado aos pés do Machu Picchu).

Moray

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Moray tem um que de misticismo. Além da paisagem linda, o mistério que envolve os terraços, que ninguém sabe ao certo o que representavam, alimenta várias teorias que ficam ainda mais interessantes quando você pode ver o cenário tão de perto.

Depois retornamos para Cusco. No dia seguinte pegamos o trem bem cedinho para Águas Calientes, na preparação para o Machu Picchu, mas esse assunto é para o próximo post.

O que é preciso saber?

É possível chegar em Cusco de avião ou de ônibus, sendo que são 22 horas de ônibus desde Lima. A temperatura em Cusco e no Valle Nevado é mais amena durante o dia, mas a noite faz bastante frio, principalmente nos meses de outono e inverno.

Para hospedagem, o melhor local é próximo a Plaza de Armas, um lugar bem central para visitar as atrações, mas tudo é bem perto, sendo possível visitar os pontos turísticos da cidade a pé. Ficamos na La Posada del Viajero, muito bem localizada e com ótimo custo-benefício.

A culinária em Cusco é maravilhosa, e merece um capitulo a parte. Os pratos mais tradicionais são o ceviche e o lomo saltado, regados a muito Pisco Sour. Os corajosos também experimentam o Cuy (porquinho da índia). Recomendo a ótima pizza do La Bodega 138 (fomos duas vezes!), o ceviche do Greens Organic Restaurant foi um dos melhores da viagem e o Mutu Food & Drink tem um ótimo cardápio.

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Ceviche

 

Lingua falada: Espanhol / Quéchua;
Transporte: Para se locomover, a melhor opção é andar, mas o táxi também é barato. No Peru os taxis não tem taxímetro, então vale negociar bem com os motoristas antes de iniciar a corrida (O pessoal do Sundaycooks tem um guia ótimo).
Moeda utilizada: Novo sol (aproximadamente 1 Real).

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