Quem aqui também adora cinema? O texto de hoje é a crítica de um dos meus filmes favoritos do maravilhoso Quentin Tarantino. Se você ainda não assistiu pode ler tranquilo que não tem spoiler.
Pulp Fiction é um filme de 1994, dirigido por Tarantino e estrelado por grandes nomes do cinema como John Travolta, Samuel L. Jackson, Uma Thurman e Bruce Willis.
Posso até parecer contraditória, mas em alguns momentos, ao assistir o filme, fiquei com a sensação de tédio, pois em sua duração há longos diálogos que podem trazer um pouco de monotonia. Porém, esses diálogos não foram colocados à toa, por mais que muitos deles pareçam bobos e até mesmo dispensáveis, eles são inteligentes e essenciais para a trama. São conversas necessárias para manter o suspense, acrescentar tensão a uma cena, humanizar os personagens ou fazer você rir um pouco.
Mas calma, que o filme não é chato, pelo contrário, Pulp Fiction é fascinante!
Nas 2 horas e 34 minutos do longa-metragem são mostradas diferentes histórias que se conectam através dos personagens, isso e o fato do filme não seguir um tempo cronológico o deixa interessante e prende a atenção de quem o assiste. Na verdade, acho que essa não linearidade da história é um dos elementos mais atraentes desse filme, é o que o torna tão encantador.
O longa começa e termina mostrando o meio da trama e, por isso, o espectador pode ter a impressão de que a história não tem um final, mas se depois de assistir tudo você organizar os acontecimentos na ordem correta, o fim já não parece mais tão aberto.
Por retratar a violência de forma banalizada pode-se pensar que Pulp Fiction é um filme pesado, contudo não fiquei com essa sensação. Os personagens mostrados no filme são criminosos, mas Tarantino não faz com que tenhamos raiva deles, pelo menos não senti isso. Pois ele mostra o lado humano que cada um tem, o que faz com que a gente goste e se apague aos protagonistas, mesmo sabendo que matar pessoas faz parte do trabalho deles.
O filme possui uma trilha sonora extasiante e imagens que dão a ele um toque especial. Há cenas em que a câmera dá um close em algum objeto ou pessoa, o que faz com que o espectador sinta aflição e ânsia por querer saber o que vai acontecer no momento seguinte. Tem partes em que no cenário há cores fortes e um contraste entre cores quentes e frias. Em relação à estética, o filme não foca em mostrar o belo, mostra o feio, o que há de ruim na sociedade, e por meio de sua fotografia dá uma certa beleza a isso.
Repleto de referências da cultura pop, Tempos de violência é o segundo longa de Tarantino e é um filme de crime e suspense muito bom, que foge do comum, é diferente dos demais do mesmo gênero e conta histórias envolventes. Não é à toa que no ano de seu lançamento ganhou um Palma de Ouro e em 1955 um Oscar de melhor roteiro original.
Aproveita que o filme ainda está disponível na Netflix, prepara aquela pipoca deliciosa e vai lá assistir. Vale muito a pena!
Brenda Guerra é publicitária e jornalista. Apaixonada pela natureza e pela vida, Brenda escreve sobre o que a move e a inspira e sabe que as palavras podem mudar o mundo.