“Nossas necessidades precisam ser acolhidas e atendidas sem o peso da recompensa.” Certa vez li essa frase, não me recordo onde, mas ela me fez refletir.
Muitas das nossas posturas no aqui e agora são regidas por como aprendemos a enxergar o mundo. Como nos ensinaram a se comportar, viver e criar expectativas. Nessa escola relacional com nossos pais, temperamento, e experiencias podemos ter assimilado que desfrutar de uma vida leve, autêntica e prazerosa, tem mais a ver com recompensa do que com direitos.
Em nossa infância aprendemos muitas vezes um caminho contrário a nossas necessidades. Frases como: “Escove os dentes e ganhe um presente”, “Durma cedo e ganhe uma estrelinha no seu mural de conquistas” ou “Tire notas altas ou não será ninguém na vida”.
Se pararmos para analisar a própria necessidade de lazer vem muito vinculada da recompensa. Trabalhe, trabalhe e trabalhe para desfrutar de 2 dias de descanso. Não que isso não seja necessário na vida adulta, não é sobre não trabalhar ou ficar no ócio, mas sim, sobre entender que o ócio também é uma necessidade humana.
Lazer assim como limites, são extremamente importantes, mas, se na infância não tivermos a oportunidade de adquirir habilidades funcionais sobre essas necessidades, na vida adulta ficará muito difícil analisarmos “necessidades como o oposto de recompensa.”
Quando não encontramos um diálogo saudável com nossas necessidades de espontaneidade e lazer, passamos para nossa fase adulta com muita rigidez, padrões altamente inflexíveis, metas que muitas vezes nos levam a um único caminho, o esgotamento físico.
Por isso, muitas vezes é preciso uma viagem até a criança que fomos, a criança que de alguma forma aprendeu, entendeu ou se ajustou acreditando que deixar embotar suas necessidades funcionava. É preciso conversar com a criança que fomos acolher as suas vulnerabilidades, explicar para ela que crescemos, que agora possuímos mais clareza e podemos desfrutar de uma vida leve, produtiva sem autonegligências, com limites realistas e de forma feliz.
Mas que tal um exercício simples para você refletir sobre sua necessidade de espontaneidade e lazer?
Responsa com muita sinceridade as perguntas abaixo:
- Cite algumas regras sobre como as coisas deveriam ser?
- Quem me ensinou isso?
- O quanto isso é embasado na realidade?
- O quanto isso pode ter sido distorcido antes de chegar até mim?
- Quais os custos desse padrão de funcionamento?
- Quais os benefícios desse padrão de funcionamento?
- Por que sigo essas regras?
- Quais seriam outras formas de enxergar esse cenário?
Espeque que esse exercício te ajude de alguma forma.
Meu desejo é que você possa se olhar com mais autocompaixão e atender as suas necessidades de forma intencional, leve e autêntica.
Com carinho,
Maiara Silvestri – Psicóloga CRP15/3490
Olá, eu sou a Mai!
Psicóloga, mas não somente isso. Sou uma mulher apaixonada por ajudar pessoas, torcendo e vibrando para que encontrarem formas saudáveis de se relacionarem com o mundo, com si mesmas, superando suas limitações emocionais e sociais. Mãe de uma menina muito criativa, linda, detentora de muita sabedoria, esposa de um homem sensacional, paciente que me proporciona segurança e paz. Busco uma vida leve, autêntica e de autocompaixão comigo mesma. Faz parte da minha rotina estudar sobre emoções, terapia do esquema, autoconhecimento, autoestima, posicionamento e produtividade. Gosto de entregar meus conteúdos de forma leve e autêntica, minha missão é que eles possam fortalecer habilidades poderosas na vida das pessoas.
Maiara Silvestri CRP 15/3490