“Sororidade é a união e a aliança entre mulheres, baseada na empatia e no companheirismo, em busca de alcançar objetivos em comum.” – esta é a definição mais difundida do termo sororidade.
Uma palavra não tão comum em nosso vocabulário, que causa estranhamento em alguns e para outros se trata de um termo de pronúncia difícil (quase um trava línguas). Apesar desta intimidante primeira impressão, a sororidade é muito simples e possui um significado profundo, pois emana sentimentos nobres de apoio, respeito e amor ao próximo (ou melhor, à próxima).
A sororidade incentiva um movimento de aproximação e fortalecimento das mulheres, de defesa de causas comuns, de apoio mútuo e de identificação com a dor da outra. Assim, para que a prática da sororidade seja efetiva, precisamos exercitar a essência da etiqueta, pois esta nos auxilia na sustentação do respeito às ações executadas por aquela.
Posturas que estimulam a competição e a rivalidade feminina, que agridem e constrangem mulheres são desprezadas e o antídoto para banir tal comportamento é a associação da sororidade à etiqueta. Adotar um posicionamento em prol do apoio à mulher é um diferencial na luta pelo fortalecimento das mulheres. E o papel da etiqueta é justamente facilitar as relações femininas, aproximando mulheres de forma mais verdadeira, mais humana e mais acolhedora, estabelecendo, assim, uma sólida sororidade, ou seja, uma rede de apoio mais solidária e menos crítica.
Assim, percebemos o quanto a sororidade e a etiqueta estão entrelaçadas, pois ambas buscam uma interação social mais próxima e harmônica, sempre pautada no mútuo respeito e consideração.
Vivemos, atualmente, o momento da diversidade e, neste contexto, o julgar, o apontar, o criticar são atitudes inadmissíveis. Não posso discriminar mulheres que fizeram escolhas diferentes das minhas. Mesmo sem compreendê-las, eu preciso aceitá-las. Afinal, cada uma tem a sua história, as suas motivações e a sua verdade.
Quando analisamos a etiqueta sobre a égide da sororidade, ampliamos a essência do respeito, da civilidade e da cordialidade para o universo feminino, buscando apoiar, motivar, inspirar, encorajar, ajudar e empoderar outras mulheres, seja por meio de um acolhimento, de um ensinamento ou de uma palavra. Para isto, precisamos adotar uma postura inclusiva e respeitosa com as diferentes opiniões e opções, especialmente, as femininas, por isso:
- Eu respeito a mulher que busca alta performance profissional e concilia carreira e família;
- Eu respeito a mulher profissional que abre mão de constituir uma família;
- Eu respeito a mulher que abriu mão da carreira em prol da família;
- Eu respeito a mulher que não quer formar uma família;
- Eu respeito a mulher que optou por não ter filhos;
- Eu respeito a mulher que formou uma união com outra mulher;
- Eu respeito a mulher que escolheu viver sozinha;
- Eu respeito a mulher que busca o corpo perfeito e, também, aquela cujo corpo não se encaixa no que a sociedade dita como “perfeito”;
- Eu respeito a mulher que colore os cabelos e, também, a que assume seus fios brancos;
- Eu respeito a diversidade feminina;
- Eu respeito a MULHER.
Afinal, praticar a etiqueta e a sororidade é, acima de tudo, praticar o respeito.
Uma eterna estudante, apaixonada pelas linhas: as escritas e as bordadas. Compartilha sua paixão pela etiqueta como uma forma de espalhar pequenas gentilezas e delicadezas pelo seu caminho.
Tem como propósito disseminar a etiqueta como uma ferramenta inclusiva capaz de potencializar as conexões humanas.