Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por diversas transformações para acolher e nutrir o bebê. Entre essas mudanças, o sistema urinário também sofre alterações, tornando as gestantes mais suscetíveis a infecções do trato urinário (ITUs). Em alusão ao Dia Mundial do Rim, celebrado em 12 de março, especialistas alertam sobre a importância da prevenção e do tratamento adequado dessa condição, que pode gerar riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.
De acordo com o Dr. Pedro Melo, obstetra do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, a infecção urinária ocorre quando bactérias, principalmente a Escherichia coli, entram na uretra e se multiplicam.
“Na gravidez, as mudanças hormonais e o aumento do útero podem dificultar o esvaziamento completo da bexiga, favorecendo a proliferação de micro-organismos e aumentando o risco de infecções”, detalha o especialista.
Por que as gestantes sofrem mais com infecções urinárias?
As alterações hormonais durante a gestação provocam o relaxamento dos músculos do trato urinário, o que pode retardar o esvaziamento da bexiga e facilitar a proliferação de bactérias.
Além disso, o aumento do útero exerce pressão sobre a bexiga e os ureteres, reduzindo o fluxo da urina e criando um ambiente propício para o desenvolvimento de infecções. Essas mudanças tornam as gestantes mais vulneráveis às ITUs, sendo essencial um acompanhamento pré-natal adequado para prevenção e tratamento precoce.
Sinais de alerta e complicações
O médico explica que os sintomas mais comuns da ITU incluem dor ou ardência ao urinar, aumento da frequência urinária, urgência para urinar e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.
Em casos mais graves, podem surgir febre, calafrios, dor lombar e sangue na urina, indicando que a infecção pode ter alcançado os rins, resultando em uma pielonefrite.
Se não tratada, a infecção urinária pode levar a complicações sérias, como parto prematuro, baixo peso ao nascer e, em casos extremos, sepse materna. “Por isso, é essencial que a gestante busque atendimento médico assim que perceber os primeiros sintomas”, alerta Dr. Melo.
Prevenção e orientação para as gestantes
Para reduzir o risco de infecção urinária durante a gestação, algumas medidas simples podem ser adotadas:
- Hidratação: beber bastante água ajuda a manter um bom fluxo urinário e eliminar bactérias
- Higiene adequada: a limpeza deve ser feita sempre da frente para trás, evitando a contaminação com bactérias da região anal.
- Esvaziamento frequente da bexiga: segurar a urina por longos períodos favorece a proliferação bacteriana.
- Uso de roupas confortáveis: peças apertadas e tecidos sintéticos podem aumentar a umidade e favorecer a proliferação de microrganismos.
- Evitar duchas vaginais: elas podem alterar a flora natural da região e aumentar o risco de infecções.
Em caso de suspeita de ITU o diagnóstico é feito pelo quadro clínico, exame físico e exames laboratoriais de urina. O tratamento geralmente envolve o uso de antibióticos seguros para a gestação, prescritos pelo médico.
Quando procurar um médico
Gestantes devem ficar atentas a qualquer sintoma incomum e procurar um obstetra imediatamente caso sintam dor ao urinar, aumento da frequência urinária sem razão aparente, febre ou dor na região lombar.
“A automedicação é perigosa e pode agravar o quadro. Apenas um profissional de saúde pode indicar o tratamento correto e seguro para a mãe e o bebê”, reforça o obstetra.
Dr. Melo enfatiza , ainda, que gestantes devem sempre buscar informação e orientação médica para viver essa fase com mais segurança e bem-estar. “O acompanhamento pré-natal adequado é o caminho mais seguro para identificar e tratar precocemente qualquer complicação”, finaliza.
Sobre o Hospital da Mulher Mariska Ribeiro
O Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, localizado na zona Oeste do Rio de Janeiro, é um complexo neonatal gerenciado pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.
Sobre o CEJAM
O CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com o poder público no gerenciamento de serviços e programas de saúde em São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Itu, Santos, São Roque, Ferraz de Vasconcelos, Pariquera-Açu, Itapevi, Peruíbe e São José dos Campos.
A organização faz parte do Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (IBROSS), e tem a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde.
O CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição.
No ano de 2025, a organização lança a campanha “365 novos dias de saúde, inovação e solidariedade”, reforçando seu compromisso com os princípios de ESG (Ambiental, Social e Governança).
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