A vida em condomínio pode ser prática: moradores rateiam custos e usufruem coletivamente das comodidades e dos espaços do residencial. Mas é muito comum existirem dúvidas ou até mesmo conflitos quando o assunto é a taxa condominial.
Alguns moradores acham caro, outros questionam a aplicação dos recursos e todos são unânimes em querer pagar um valor menor de condomínio por mês. E o primeiro passo para conquistar essa economia é conhecendo bem as contas de seu condomínio.
“Antes de tudo, é preciso saber o básico: quanto se arrecada, quanto se gasta e com o quê. Depois é preciso analisar minuciosamente cada despesa, sua prestação de contas e verificar os serviços contratados para então buscar essa economia”, recomenda o contador Dênis Pinheiro, especialista em Auditoria Condominial.
Dênis é sócio em uma empresa especializada em auditorias e consultorias para condomínios em Maceió e cita que entre os principais itens a serem reduzidos estão a conta de água, tarifas bancárias e gastos excessivos.
Outros ralos comuns de desperdício são a má prestação de serviços contratados, falta de cotação e a própria inadimplência, que impacta diretamente na receita geral. Ele detalha:
Conta de água – “Especialmente nos condomínios onde a água é coletiva, há uma forte tendência de consumo maior, gerando uma conta mais alta. Individualizar os contadores pode gerar uma economia de até 30% no valor da taxa condominial, mesmo com o investimento inicial”, recomenda o auditor condominial.
Tarifas Bancárias – “É preciso ter clareza quanto o condomínio paga pelos serviços do banco. Buscar bancos com tarifas menores também gera economia global no final do ano, ajudando a reduzir o condomínio”.
Cotação de preços – “Assim como na nossa casa, onde pesquisamos antes de comprar, o condomínio deve manter essa mesma prática. Gastar com o primeiro fornecedor que se encontra pode ser uma armadilha para o equilíbrio financeiro coletivo”, alerta Denis.
Combate à inadimplência – “Sem dúvida, se alguma unidade deixa de cumprir sua obrigação para com o condomínio, os demais pagarão uma conta mais cara a fim de cobrir os custos de manutenção. Existem caminhos judiciais e extrajudiciais para resolver isso, a depender de cada caso”.
Má prestação de serviços – “Aferir se o serviço contratado foi eficiente é muito importante. Muitas vezes os condomínios fazem gastos excessivos porque contratam um serviço que fica mal feito e é preciso repará-lo em pouco tempo. Ou seja: gasta-se duas vezes pela mesma coisa”.
INVESTIMENTO – A auditoria condominial tem sido apontada como uma forma imparcial e acessível de ajudar síndicos e condôminos a manterem o equilíbrio financeiro de seus condomínios.
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Dênis Pinheiro é o que está de óculos. Ao lado dele Mayara Tavares e Ari Nascimento, sócios da Èvero Auditoria e Consultoria Condominial
Em Maceió, Dênis Pinheiro diz sua empresa tem que cada vez mais atendido condomínios em busca deste tipo de auditoria para melhorar suas gestões financeiras.
Sobre o investimento, ele exemplifica que em um condomínio com 40 apartamentos, o rateio por cada unidade pode sair por menos de 10 reais por mês auditado.
“É um serviço é acessível e que pode gerar grandes vantagens monetárias, bem como dar mais transparência à prestação de contas”, finaliza.
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Dênis Pinheiro é o que está de óculos. Ao lado dele Mayara Tavares e Ari Nascimento, sócios da Èvero Auditoria e Consultoria Condominial